Juncker diz que "pastas chave" foram entregues a "mulheres"
Sem nunca mencionar a pasta da Investigação, Ciência e Inovação, que atribuiu a Carlos Moedas, Jean-Claude Juncker diz que as pastas chave se resumem à "Política Regional, o Comércio, a Justiça, Consumo e Igualdade de Género, a Concorrência, Mercado Interno, Indústria, Emprego e Assuntos Sociais". E, estes dossiers que "vão ser entregues a mulheres".
Na estrutura da futura Comissão Europeia, Carlos Moedas terá o seu trabalho "coordenado" pela ex-primeira-ministra eslovena, Alenka Bratušek, a qual é simultaneamente vice-presidente do executivo comunitário. Juncker entende que está apenas a cumprir uma promessa.
"As pastas chave, como eu disse aos primeiros-ministros durante a fase de reflexão ficarão sob a responsabilidade das candidatas femininas", afirmou Jean-Claude Juncker.
O sucessor de Durão Barroso destacou os currículos dos futuros comissários e o conhecimento acumulado, considerando que uma das características do futuro executivo comunitário é a "larga experiência profissional", ao nível dos "desafios que a Europa enfrenta".
"Os comissários têm um conhecimento económico e financeiros muito sólido. Oito têm uma extensa experiência nos negócios estrangeiros. O que é importante, num mundo que cada vez mais se torna complexo, complicado e perigoso. Esta comissão têm a perícia para enfrentar os desafios económicos, geo-plíticos e geo-estratégicos, da Europa" afirmou.
Juncker espera que o Parlamento Europeu aprove a futura Comissão, reiterando que este executivo iguala o anterior no número de nove mulheres, embora "não seja um verdadeiro avanço no que diz respeito ao equilíbrio de género. Mas, pelo menos, não é um passo atrás."
"Três das vice presidentes serão mulheres fortes e competentes: Kristalina Georgieva; Alenka Bratušek; e Federica Mogherini. E, as pastas chave, como eu disse aos primeiros-ministros durante a fase de reflexão ficarão sob a responsabilidade das candidatas femininas", afirmou durante a apresentação do futuro colégio de comissários.
São argumentos com os quais Juncker espera convencer Parlamento Europeu para dar luz verde à Comissão.